quarta-feira, 4 de maio de 2011

"ENEM em foco" : Um em cada cinco brasileiros descarta utilizar transporte público

Por: R7.COM
Levantamento do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) divulgado nesta quarta-feira (4) aponta que 20% da população brasileira sequer pensa em utilizar ônibus, metrô ou qualquer tipo de transporte público. Os motivos para a rejeição estão ligados à rapidez, à disponibilidade, ao conforto e ao preço dos coletivos.

Daia Oliver-10.11.2010/R7
pesquisa, chamada de Sistema de Indicadores de Percepção Social: Mobilidade Urbana, ouviu 2.786 pessoas maiores de 18 anos em 146 municípios. E ainda que o Ipea tenha constatado uma rejeição significativa ao transporte público, ele é utilizado por 60% dos brasileiros que vivem nas capitais e regiões metropolitanas. Nas outras cidades, o índice chega a quase 25%.

Ainda de acordo com o estudo, o carro é o segundo meio de transporte mais utilizado nas grandes cidades, com 22,55%, seguido pela moto, com 7,02%. Chama atenção, porém, que apenas 10,37% prefiram usar a bicicleta ou locomover-se a pé. Em cidades menores, esse índice é três vezes maior.

O Ipea também analisou os motivos para as escolhas pelo meio de transporte. Para os usuários de bicicleta, carro e moto, o principal objetivo é ser rápido no trânsito. Para os que se movimentam a pé, a razão é ser saudável. Já para os que utilizam o transporte público, o motivo de preferência é a economicidade – eles consideram ser mais barato.

O grau de utilização, no entanto, não é proporcional à aceitação dos serviços prestados. Enquanto quase 90% dos usuários de carro e moto afirmam que o transporte utilizado é "bom "ou "muito bom", a mesma aceitação vale apenas para 45% dos usuários de transporte coletivo. Nesse modal também estão os maiores índices “regular”, com 36%, e “ruim ou muito ruim”, com 19%.

Na hora do engarrafamento, as coisas não são muito diferentes. De acordo com o Ipea, 66,6% da população convive com congestionamentos pelo menos uma vez por mês, sendo que os que usam carro ou transporte público são os mais afetados.

Já os motociclistas disparam na frente entre os que nunca enfrentam o trânsito parado. Contudo, são os que mais se dizem “inseguros” no meio de transporte que utilizam. Os que se sentem mais “seguros”, com índices acima de 50%, são aqueles que optam por andar a pé ou de carro.


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