terça-feira, 10 de maio de 2011

Al- Qaeda

Formada por militares fundamentalistas islâmicos, recrutados em vários países, a organização terrorista Al- Qaeda (“a base”, em árabe) foi criada por Osama Bin Laden em 1989, um saudita que lutava contra a invasão Soviética no território do Afeganistão. Osama Bin Laden era o grande responsável pela captação de recursos financeiros e recrutamento de pessoas para a luta contra a invasão. A resistência dos afegãos tinha o apoio dos Estados Unidos, que forneciam armas e treinamentos para os militares locais.

Com o início da Guerra do Golfo (confronto entre Kuwait e Iraque) ocorreu a intervenção dos Estados Unidos (apoiando o Kuwait) e a consequente presença de soldados estadunidenses na península Arábica, berço do profeta Maomé e sede dos principais santuários do Islã. Osama Bin Laden, apesar de se opor ao Iraque, não aceitava a permanência dos soldados dos Estados Unidos na região, e iniciou uma campanha contra aquele país. Essa posição enérgica fez com que o rei Fahd o expulsasse da Arábia Saudita, em 1991.

Após cinco anos no Sudão, local onde comandou seus primeiros atentados contra instalações militares dos Estados Unidos, Bin Laden voltou ao Afeganistão, e lá construiu campos de treinamento para a Al-Qaeda, tornando-se colaborador do regime do Talibã.

Osama Bin Laden

Bin Laden, líder do grupo terrorista Al- Qaeda

Motivado pela ideia de que os Estados Unidos realizava uma política de opressão aos muçulmanos, Bin Laden intensificou sua campanha terrorista contra os ocidentais, em especial os Estados Unidos. O grande “marco” de autoria da Al-Qaeda foram os atentados de 11 de setembro de 2001, em Nova Iorque e Washington. Imediatamente, ocorreu a intervenção estadunidense no Afeganistão. Porém, nessa ocasião, Bin Laden, “estranhamente” não foi encontrado, e a organização continuava a operar clandestinamente.

A Al-Qaeda possui militantes em vários países, suas ações terroristas ocorrem em nações ocidentais e em países muçulmanos que apoiam os Estados Unidos, como a Arábia Saudita, a Turquia e a Indonésia. A organização seleciona alvos de grande significado simbólico. Exemplo disso são os atentados em 2003, contra a sede do banco britânico HSBC e o consulado do Reino Unido na cidade de Istambul, na Turquia.

O fato é que, os Estados Unidos utilizam a Al-Qaeda para justificar uma série de intervenções militares em outros países, como por exemplo, no Afeganistão, quando na verdade, trata-se de estratégias geopolíticas. Somente após quase uma década da invasão no Afeganistão, Bin Laden foi capturado e morto por um comando especializado da Marinha dos Estados Unidos na cidade de Abbottabad, próximo a Islamabad, capital do Paquistão, conforme pronunciamento do atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

No entanto, quando o exército estadunidense se propôs a capturar Saddam Hussein, rapidamente a missão obteve êxito. Portanto, essa relação histórica entre Estados Unidos e Al-Qaeda necessita de uma análise criteriosa e, não somente, de concepções formadas através de meios de comunicação tendenciosos.


Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola


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